A sociedade sempre esteve em constante evolução. São transformações marcadas em determinados períodos que refletem toda uma geração. Muda-se a forma de viver, consumir produtos e também serviços. Nesse caso, um dos segmentos que mais sofreram alterações ao longo dos anos envolve as instituições financeiras.
Aqui, no Brasil, por exemplo, a moda atualmente está diretamente ligada aos digitais. Um levantamento realizado pelo C6 Bank, juntamente do Ipec, apontou que 79% dos brasileiros relatam ter contas em bancos digitais ou em instituições que não possuem agências físicas espalhadas pelas ruas. Isso reflete perfeitamente os dias que estamos vivendo atualmente, já que há uma presença massiva de pessoas na internet.
Mas, apesar dessa forte tendência do consumidor em agregar mais um serviço ao digital no dia a dia, as instituições financeiras mais tradicionais não foram totalmente deixadas de lado. Cerca de 70% das pessoas têm contas em bancos digitais e tradicionais, sempre se dividindo entre o online e o espaço físico. É o que aponta uma pesquisa da Akamai Technologies, feita em parceria com a Cantarino Brasileiro.
Ainda segundo esse estudo, de 2020 para 2022, o número de clientes que tinham conta apenas em bancos tradicionais caiu de 57% para 21%. Isso representa uma queda de mais da metade por parte dos consumidores.
A empresa responsável pelo levantamento aponta ainda que esse crescimento dos bancos digitais é algo esperado. Os dados são observados a cada ano. O ponto que gerou muitas surpresas é que as pessoas que tinham apenas conta em bancos digitais neste ano abriram outra em bancos tradicionais.
Jovens e os bancos digitais
E qual seria o fator mais importante para escolha de um banco digital por parte dos clientes? De acordo com a Akamai, a resposta é a faixa etária. Cerca de 89% das pessoas que escolhem essa modalidade têm entre 20 e 29 anos. A pesquisa do C6 Bank/Ipec vai no mesmo caminho. Ela identificou que o percentual de brasileiros que usam os bancos online tem uma alta de 91%, quando estão na faixa etária entre 24 e 34 anos.
Os especialistas apontam que as facilidades proporcionadas pelos bancos digitais acabam conquistando os mais novos. Também há a questão da comodidade. Esses dois fatores são fundamentais para que haja o processo de migração do físico para o online. Tudo pode ser realizado com maior rapidez e praticidade, muitas vezes sem precisar se deslocar e perder um bom tempo. Lembram do ditado, certo? Tempo é dinheiro!
Relação com o Pix
O Pix foi criado pelo Banco Central e começou a funcionar em setembro de 2020. Já são dois anos que o pagamento instantâneo está presente na vida dos brasileiros. Para se ter uma ideia, em dois anos, o Pix se tornou o meio de pagamento mais utilizado.
De acordo com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), nos últimos 12 meses, as operações cresceram 94%. Esse meio de pagamento influenciou diretamente no e-commerce. Um estudo realizado pelo Mercado Pago apontou que a utilização do Pix como pagamento online cresceu 7 pontos percentuais no terceiro trimestre deste ano, evoluindo de 16% para 23%.
Três dos principais pilares da digitalização: pagamento instantâneo, e-commerce e bancos digitais. Inevitavelmente, tudo isso complementa e favorece cada vez mais o cenário para a criação de contas em bancos digitais. Lembrando que não há taxas para utilizar o Pix.
Poupança e bancos tradicionais
Enquanto o Pix é o queridinho entre as pessoas que têm contas em bancos digitais, o cartão de débito é o meio mais utilizado para pagamento entre os consumidores que preferem bancos tradicionais. A conta corrente também é mais usada.
Já a poupança é a escolhida quando os clientes querem guardar dinheiro nas instituições tradicionais, em média esse número representa 17% das pessoas. Enquanto isso, apenas 5% preferem deixar o dinheiro da poupança no digital.
Os aplicativos móveis são os mais utilizados para acessar os serviços bancários. Neste ano, cerca de 77% das pessoas escolheram essa modalidade, enquanto o internet banking teve 39% de aceitação por parte dos entrevistados.
E o que você tem como critério para escolher uma instituição financeira? Houve muitas mudanças, mas, para a maior parte das pessoas, os principais pontos têm referência direta com preço baixo em tarifas, segurança dos dados e facilidade para acessar.
A baixa tarifa segue sendo o ponto mais importante, com 56%, mesmo com uma queda de 15 pontos percentuais, em relação ao ano passado. Isso pode ser explicado pela pulverização que foi gerada em relação aos critérios para escolher um banco.
Fato é que, independentemente da escolha de instituição, o cliente deve estar muito atento e entender qual poderá ser mais resolutivo em relação às suas necessidades. Há uma série de serviços que podem ser solicitados, como empréstimo pessoal, por exemplo.