Qual era o salário de Boris Johnson, primeiro-ministro britânico que renunciou

O salário de Boris Johnson, primeiro-ministro inglês que renunciou, o colocava no 1% dos que recebem melhor no Reino Unido. O valor era de £155,376, ou R$ 989.497, quase 1 milhão de reais. Além disso, vale lembrar que seu transporte, habitação e grande parte do custo de vida é coberto pelos contribuintes.

O valor é alto, mas o melhor sem dúvidas ainda está por vir, de acordo com especialistas. É possível, assim, que Johnson faça mais de 5 milhões de libras depois de deixar Downing Street, o escritório oficial do primeiro-ministro britânico em Londres.

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Alguns especialistas apontam que Jonhson tem grande potencial depois de deixar seu ofício. Isso porque, de acordo com entrevistas feitas, líderes mundiais costumam ganhar bem após desocuparem seus cargos prévios. Eles recebem honorários altos, e muitos convites para palestras ao redor do mundo.

As memórias de Jonhson numa biografia, por exemplo, poderiam lhe render em torno de 1 milhão de libras por si só. Na época onde estava mais famoso, Johnson recebia em torno de £830,000 por colunas de jornais, livros, discursos e aparições na TV. Ao trabalhar no Daily Telegraph, o valor se reduziu para £250,000, que o próprio debochou como sendo “ração de frango”.

É possível que ele retorne ao jornal após sair de Downing Street, mas os especialistas apontam que os maiores ganhos para o salário de Boris Jonhson se encontram no circuito de palestras. Theresa May, a PM anterior, ganhou mais de £2.1 milhões desde julho de 2019, por exemplo.

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Imagem: Andrew Parsons CCHQ/Parsons Media

Salário de Boris Johnson pode aumentar

O salário de Boris Johnson pode aumentar daqui em diante. Sua fama poderia lhe render a chance de pedir por altos valores em suas aparições, especialmente nos Estados Unidos, onde o ex-presidente Donald Trump já o citou como sendo uma versão britânica dele mesmo. Assim, Johnson já teria uma base nesse país, e talvez até mesmo uma parcela dos democratas o ouviriam.

O que esses líderes realizam durante o ofício, aparentemente, não importa tanto no momento em que eles iniciam suas palestras. Além disso, não é relevante para as corporações, que estão dispostas a pagarem valores exorbitantes a ex-líderes como forma de impressionar clientes.

Não se trata de fazer conexões ou gerar negócios, mas da habilidade de dizer para um cliente: “Você gostaria que o ex-primeiro-ministro viesse jantar conosco?”

A segunda biografia de Jonhson será publicada no outono europeu. Outro especialista citou ao The Guardian que a renda de Johnson deve vir principalmente dessas palestras como celebridade. A estimativa é de que o conservador poderia fazer pelo menos £100,000, ou R$ 636.840, em palestras nos Estados Unidos, Japão, China e Austrália, e facilmente fazer dentre 15 a 20 por ano.

Mas nem todos os observadores acham que tudo está tão certo assim, citando o gosto de Johnson por poder. Assim, novas tentativas de ocupar postos de poder, que podem acontecer no futuro, poderiam atrapalhar suas chances de ganhar dinheiro. Assim, a batalha de Johnson seria entre essas duas paixões: dinheiro e poder.