Bitcoin em queda: é hora de vender a criptomoeda?

Bitcoin em queda: é hora de vender a criptomoeda? Talvez. A situação da Bitcoin, e das criptomoedas em geral, é instável e negativa. Segundo os analistas, o momento é de incerteza e cautela; alguns fãs de criptomoedas podem afirmar que esse é o melhor momento para investir nas moedas digitais, uma vez que estão mais baratas, mas analistas alertam que isso é perigoso.

Em 2022, o mercado de criptomoedas e ações de fintechs perderam mais de US$ 2 trilhões de valor de mercado. Só no final de semana do último dia 11, o segmento de criptomoedas perdeu US$ 300 bilhões em seu valor. As criptomoedas, especialmente as duas maiores, Bitcoin e Ethereum, perderam seus patamares anteriores.

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O valor teve uma queda brusca e rápida, denotando o nervosismo do mercado. As criptomoedas não são reguladas, não possuem negócios subjacentes por trás das transações, e não são lastreadas em nada físico ou tangível. Assim, o que dá o seu valor é exatamente a disposição do mercado em atribui-lo; ou seja, o valor varia de acordo com o interesse do mercado nas criptos.

Assim, se muitas pessoas perdem a confiança e começam a vender, o valor das criptomoedas cai. A Bitcoin em queda é fruto disso; para se manter, as pessoas precisariam voltar a comprá-la, aumentando a demanda, e assim o seu valor.

A Bitcoin caiu até US$ 17.800, menor patamar desde dezembro de 2017. Contudo, tanto ela quanto o Ethereum tiveram uma recuperação nessa segunda-feira (20). A Bitcoin recuperou os US$ 20 mil, e a Ethereum subiu 13%, girando em torno de US$ 1.120 durante a manhã.

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Bitcoin em queda: vender ou esperar?

A Bitcoin em queda, assim como a crise no mercado das criptomoedas, é reflexo dos problemas econômicos que os Estados Unidos e o mundo enfrentam após a pandemia. A alta inflação, a invasão da Ucrânia e o risco de recessão global apresentam um grande problema para os investidores.

Além disso, há questões específicas no próprio segmento das criptos. A plataforma de empréstimos de moedas digitais, Celsius, interrompeu seus saques e transferências duas semanas atrás, enquanto outras empresas de criptomoedas realizaram demissões significativas de funcionários.

Em 2022, o Bitcoin caiu 59%, e o Ethereum caiu 73%. Do ano passado até aqui, a Bloomberg aponta que as criptomoedas sofrem uma desvalorização de 70%. Mesmo com a recuperação de hoje, o medo continua, e a tendência é que essa volatilidade nos preços continue.

Portanto, o mercado apresenta um risco alto. Isso porque, se você resolver investir e perder dinheiro, não há o que fazer: o dinheiro se foi, pois não há regulação. Claro que, ao mesmo tempo, pode haver ganhos, e o preço da Bitcoin pode disparar de uma hora para outra.

Todavia, isso faz parte do risco envolvido, e as tendências apontam para o caminho inverso, uma vez que o mercado de criptos em geral denota uma queda constante e desvalorização cada vez maior. Os valores das criptos se alteram muito rapidamente.

Em outubro de 2021, por exemplo, o Bitcoin valia em torno de três vezes mais do que vale hoje. Com uma situação macroeconômica desfavorável, o comum agora é que a tendência seja a de buscar títulos de renda fixa, como tesouro direto.