Taxas de juros se adaptam à nova realidade econômica nos bancos digitais

O fim da disputa contra a porta giratória com detector de metais e a numerosa fila em zigue-zague são duas vantagens que os bancos digitais oferecem aos seus clientes. Mas, além de poupar os desgastes da visita presencial à agência, essas novas instituições financeiras têm uma carta especial na manga: baixos custos para abertura e manutenção de contas.

Tais benefícios aos consumidores contrastam com o prestígio ainda em construção. Enquanto bancos tradicionais contam com o aporte de dezenas ou centenas de anos, os digitais fundamentam suas ações de maneira estratégica, para atrair novos clientes e investidores, e, ao mesmo tempo, trabalham para produzir uma jornada sólida e notória.

Por essa razão, as agências que atuam exclusivamente no universo online entregam os mesmos serviços das instituições tradicionais de maneira rápida e transparente pelos aplicativos para celular ou site. A diferença nessa prestação se relaciona com os custos, visto que abrir e manter uma conta digital sai muito mais barato para o bolso do consumidor. Isso porque costuma-se atuar com isenções de tarifas e valores acessíveis.

Cenário econômico

A indústria financeira, de modo geral, foi forçada a se transformar durante a pandemia da Covid-19. A digitalização dos processos, implementação de aplicativos, negociação de dívidas e redução nas taxas de juros foram alguns dos efeitos do aumento da competitividade neste período. Agências tradicionais passaram a reconsiderar a falta de investimento nas ferramentas digitais, diante da consolidação das concorrentes.

Embora o duelo entre digital e tradicional tenha ficado acirrado, os bancos virtuais cresceram 339% em 2020. Neste ano, segundo o levantamento da Idwall, chamado “Análise de Mercado: Bancos Digitais (2021-S1)”, apenas no primeiro ano da pandemia foram criadas 95 milhões novas contas digitais. O crescimento foi contínuo, e o número total, em 2022, supera a quantidade de habitantes do país.

Segundo o Ranking de Onboarding Digital 2021, são mais de 250 milhões contas digitais abertas no Brasil. Isso significa que, além das pessoas físicas, as jurídicas também estão preferindo as facilidades e os privilégios das contas online. Esse dado, portanto, está diretamente relacionado com o novo momento do comércio brasileiro, onde o varejo e as vendas disparam no online.

Imagem: Istock

Consumidor cada vez mais digital

O comportamento do consumidor mudou desde a pandemia. As datas comemorativas, por exemplo, conquistaram um público virtual cativo; afinal, são oportunidades amplamente utilizadas por bancos digitais e pelo varejo para criar ações voltadas para a campanha do Dia das Mães, Dia dos Namorados, entre outras.

Uma pesquisa elaborada pelo Ebit identificou que, nestas datas, houve um aumento de 69% no total de vendas no varejo em 2020. 40% delas vieram de novos compradores. Ou seja, a evolução desse setor contou com a participação efetiva de um público recém-chegado, provavelmente atraído pela praticidade e economia encontradas nessas plataformas.

Em outra pesquisa, feita pelo Social Miner, 22,4% dos participantes disseram ter comprado online de lojas que visitaram presencialmente em outro momento. Tais informações mostram os reflexos das mudanças econômicas de nível mundial. A necessidade de economizar tempo e dinheiro faz com o que o consumidor assuma uma postura cada vez mais digital na forma como cuida das finanças, faz compras e se diverte.