Nubank à beira da falência? Queda nas ações gera temor
Nubank à beira da falência? A queda contínua das ações está gerando certo temor no mercado. Contudo, apontar uma falência ainda parece como algo muito drástico. A situação pode ser desfavorável, sim, mas há certos fatores a se considerar. Isso porque, o Nubank se encontra dentro de um cenário turbulento, não apenas a nível local, mas mundial.
O critério macroeconômico é importante aqui. Assim, com uma inflação alta e um aumento na taxa de juros dos Estados Unidos, os ativos das fintechs se prejudica. Bem como, a guerra na Ucrânia também gera incertezas, e tudo isso contribui para a queda nas ações do Nubank.
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Quando se tornou uma empresa de capital aberto, o Nubank chamou muita atenção, com uma hipervalorização das suas ações. Esse valor alto acabou se reduzindo com o tempo, com uma desvalorização de 50% nas ações num período de seis meses.
Nesse momento, o desafio do Nubank é justificar esse valor, e demonstrar que há uma forma de rentabilizar sua grande base de clientes. Isso porque, o Nubank é uma das maiores instituições financeiras da América Latina, e está presente não apenas no Brasil, mas México e Colômbia também. Todavia, a dúvida do mercado é como o banco vai tornar seus produtos rentáveis no cenário em que se encontra.
Apesar disso, dizer que o Nubank à beira da falência como algo certo seria extremo. O cenário, portanto, ainda pode mudar, especialmente a longo prazo.
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Nubank à beira da falência? Ainda não
O Nubank à beira da falência continua algo incerto. Além de uma situação macroeconômica desfavorável, a situação em si é inédita.
Isso porque, o Nubank busca fornecer crédito a muitas pessoas que nunca tiveram crédito, o que traz o risco da inadimplência. Assim, mesmo que haja um crescimento no número de clientes, a questão se trata de tornar isso algo lucrativo.
Foi isso que afastou os investidores, que preferiram alocar seus recursos em negócios que rendessem maior lucro. Quando a oferta pública de ações (IPO) começou, havia uma alta valorização, certa euforia na aquisição de ações. Todavia, a desvalorização contínua demonstra que essa valorização não cabia.
Porém, a situação da empresa em si ainda é de crescimento. Para o primeiro trimestre do ano de 2022, houve redução de 9% no prejuízo, comparado ao período do ano passado. Bem como, sua base de clientes também cresceu. Além disso, houve um recorde na receita, com crescimento de 258% em comparação ao primeiro trimestre de 2021, alcançando US$ 877,2 milhões.
Porém, com os juros altos e uma oferta de crédito um pouco arriscada, o Nubank ainda tem desafios pela frente. Se conseguir superá-los, contudo, pode voltar a chamar mais atenção do mercado. Continua sendo, no Brasil, o maior dentre os bancos digitais, que se tornam cada vez mais populares no Brasil. A maior parte das transações financeiras no país hoje são feitas de forma digital.
Assim, a demanda por bancos digitais vai continuar por um bom tempo. A questão para o Nubank, todavia, é em alocar sua receita de maneira rentável, para assim manter sua confiança e reputação dentro do mercado financeiro.