A tecnologia e a inovação trouxeram diversas mudanças significativas para a humanidade Executamos certas atividades rotineiras, como compras de mercado e até mesmo contratação de serviços com apenas um clique. Uma dessas enormes transformações foi, sem dúvida, no âmbito bancário. O advento tecnológico permitiu a chegada dos bancos digitais.
Ficou para trás o período em que as transações bancárias exigiam a presença física em uma agência. Hoje, a maior parte dos serviços pode ser feita por meio de aplicativos para smartphones e tablets.
Mais do que a comodidade para os usuários típicos, essa atualização garante que pessoas de diferentes condições estejam aptas a efetuar pagamentos, realizar transferências, utilizar créditos bancários, solicitar empréstimos e financiamentos sem sair do conforto de suas casas. O maior benefício está na praticidade.
Como surgiram os bancos digitais no Brasil
Em 2016, essas instituições chegaram no país em forma de fintechs, que são empresas cujo objetivo é proporcionar a inovação tecnológica na área financeira. Após serem regulamentadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), os bancos digitais puderam operar normalmente no país. Pouco a pouco, a modalidade se tornou preferência de muitos brasileiros e sendo importante para a movimentação econômica nacional.
A mudança para a era digital
O surgimento dos bancos digitais no Brasil fez com que se criasse um novo mercado e concorrência. As instituições tradicionais precisaram correr atrás do prejuízo e buscar alternativas para atualizar tecnologias já um pouco ultrapassadas, a ponto de alcançar a oferta dos serviços encontrados digitalmente nas novas instituições financeiras.
Segundo dados da Federação Brasileira dos Bancos (FEBRABAN), as transações via dispositivos mobile quadruplicaram desde a chegada dos bancos digitais no Brasil. Essa revolução no segmento acabou beneficiando muito o consumidor.
Dentre as vantagens que o público encontrou após a chegada das contas digitais, a desburocratização ganha muito destaque. Há alguns anos, para se abrir uma conta em uma instituição bancária, era preciso, além de apresentar toda a documentação pessoal, comprovar renda, não ter o nome negativado e, ainda, depositar uma quantia em dinheiro para liberar o acesso aos serviços bancários. Além de que, o serviço só poderia ser realizado de forma presencial, algo que gerava um estresse para os clientes.
Com o passar dos anos, as mudanças no setor tornaram possível fazer a abertura de uma nova conta de maneira totalmente remota e simplificada pelo aplicativo do banco. Outra transformação foi que, em algumas instituições, passaram a ser exigidas no ato da abertura apenas a identificação pessoal e de renda. Assim, tornou-se um procedimento gratuito e livre de consultas aos serviços de proteção ao crédito como SPC e Serasa (em empresas específicas). Muitos jovens e estudantes puderam fazer a abertura de suas contas pela primeira vez, por conta dessa acessibilidade que os bancos digitais proporcionam.
Quem se beneficia com a democratização bancária?
As agências que acompanharam a evolução do mundo moderno, e aquelas que foram fundadas em meio à digitalização, conseguiram ampliar o número de clientes em todo o país. O Ranking de Onboarding Digital 2021 trouxe dados relevantes sobre este assunto.
O estudo mostrou que existem mais de 250 milhões de contas digitais abertas no Brasil. No mesmo ano, a pesquisa do Instituto Locomotiva apontou que apenas 10% dos brasileiros adultos (maiores de 16 anos) não possuem nenhuma conta bancária.
Essa porcentagem, apesar de ser pequena, marca parte da margem de crescimento e expansão dos bancos digitais no Brasil. Afinal, a desburocratização já ocorreu, e permite a chegada de diferentes perfis de novos clientes.
Jovens e estudantes de graduação ou pós-graduação compõem esse grupo, mas não são os únicos. Adultos e idosos passaram a utilizar as ferramentas de uma conta digital por motivos de segurança, praticidade, agilidade e, até mesmo, economia. Isso porque podem acompanhar cada movimento da conta através dos aplicativos e prever gastos, além de pagar menos taxas.
Muitos desses bancos virtuais também possuem contas jurídicas, ou seja, voltadas para empresas ou microempresários. A regulamentação desse serviço veio depois de dois anos da chegada das instituições bancárias digitais no Brasil, em 2018, via Resolução Nº 4.697, de 27 de novembro, que autoriza e legaliza esses serviços para CNPJ.
Normalmente, a abertura é necessária para algumas operações fundamentais como emissão de boletos, cobranças e manter separadas todas as despesas referentes à vida pessoal e ao trabalho, mantendo o financeiro bem mais organizado. Os bancos digitais permitiram que isso fosse feito de maneira mais simples, online e menos custosa para o usuário.
Todas essas facilidades citadas geram um engajamento por parte dos clientes, que se sentem mais seguros e amparados pelas instituições, além de sentirem maior transparência por parte destas empresas, sendo esse, mais um dos motivos do crescimento dos bancos digitais no país.