Afinal, o dólar ainda vai cair mais? Veja a análise!
A desvalorização recente do dólar em relação ao real só está conseguindo reverter o cenário de perdas da moeda brasileira em relação à divisa norte-americana. Se de fato no comparativo dos últimos 12 meses o real está se encontrando muito superior ao dólar, é bom ressaltar que o Governo de Jair Bolsonaro pegou um câmbio bem menos desvalorizado.
Uma das grandes propostas de campanha do atual Presidente era de baixar a cotação do dólar para ao menos R$ 3,50, visto que ele iniciou o seu mandato em 2019 com um câmbio a R$ 3,88. O momento atual pode até ser visto com euforia, com a cotação de R$ 4,74 e após se ter em consideração que passaram dois anos com um dólar rondando os R$ 6.
A grande pergunta que o mercado se faz é até quando mais será possível esperar uma queda do dólar em relação ao real ou se a partir de agora será a moeda norte-americana que irá iniciar uma valorização.
Credit Suisse aponta que ainda existe espaço para uma maior desvalorização
De acordo com as previsões do banco Credit Suisse, ainda existe um espaço para que o dólar continue neste rali de desvalorização frente ao real. Dentro de uma cesta de 33 moedas, na maioria destas de países emergentes como o Brasil, o real é o que acumula o melhor desempenho em relação à moeda norte-americana ao longo do ano.
Existe um grande diferencial das taxas de juros que estão sendo aplicadas nos Estados Unidos e no resto do mundo em comparação ao Brasil. Pegamos um exemplo bem prático: enquanto a inflação nos Estados Unidos bateu os 5% no último ano, a sua taxa de juros segue abaixo de 1%.
No Brasil, os rendimentos em renda fixa estão voltando a ficar atrativos, ainda mais com uma projeção de inflação de 7,50% ao ano pelo Banco Central, mas com uma taxa de juros que já se encontra em 11,75% e pode terminar 2022 em 12,75%, favorecendo os rentistas.
Até quanto será possível pagar no dólar?
Mas afinal, até que cotação poderá chegar o dólar? Nos modelos do Credit Suisse, é possível que ocorra um intervalo de R$ 4,10 a R$ 4,80 nas cotações, com uma mediana de R$ 4,50 até o final do mês.
Uma queda ainda maior do dólar pode ajudar também aos brasileiros que amam viajar e que pretendem voltar ao Estados Unidos ou passear pela Europa.