Boleto não registrado: o que fazer?

Você sabe o que é e quais são as implicações de um boleto não registrado? Entenda o que significa e como proceder a essa questão no artigo abaixo.

Em primeiro lugar, devemos entender o que exatamente é um boleto não registrado. Essa categoria diz respeito ao boleto que não é submetido ao banco antes do pagamento pelo cliente.

Ou seja, nessa modalidade, o banco não recebe a informação da emissão do boleto. Dessa maneira, isso só acontece após o pagamento do documento.

Boleto não registrado: qual era a vantagem?

Mas por que algumas pessoas preferiam fazer o uso dessa modalidade?

Simples, porque como o boleto não passava pelo banco, havia uma redução no custo das tarifas.

Isso porque a outra modalidade, que possui registro, exige que o banco obtenha todas as informações sobre aquele pagamento, armazenando em seu sistema.

Ao utilizar um boleto não registrado, os empresários só pagavam cerca de R$3,00, que é uma taxa bem pequena. E nesse momento você pode se perguntar: mas qual o problema de emitir um boleto não registrado?

Essas informações e muitas outras sobre essa modalidade você vai conferir nesse artigo. Prossiga na leitura e entenda mais sobre o assunto.

boleto não registrado

O problema do boleto não registrado

O boleto bancário é uma forma de pagamento usada somente no Brasil. Seu funcionamento é bem simples, uma pessoa física ou jurídica emite o documento, que pode ser pago em agências bancárias, lotéricas ou internet.

Dessa maneira, o boleto é justamente uma forma de evitar inadimplência no momento de cobrar seus clientes.

Porém, no caso do boleto não registrado, o banco só tinha conhecimento da emissão daquele documento no momento do pagamento. Dessa maneira, já não era possível fazer protestos por inadimplência.

O boleto sem registro era uma opção para profissionais liberais, empresas e lojas virtuais. Justamente por causa da ausência de todas as taxas que envolvem a produção de boleto com registro.

Quando registrado, a empresa gera o boleto e envia para o banco, de modo que faça o registro de todas as informações, como: código, valor, vencimento, CPF e etc.

O fim do boleto não registrado

Em 2015, a dinâmica dessa modalidade de pagamento mudou um pouco. Ou seja, foi nesse ano que o uso do boleto não registrado foi suspenso. Essa medida foi pensada como forma de trazer mais transparências aos pagamentos.

Em 2018 o boleto não registrado parou de existir de vez. Foi a Federação Brasileira dos Bancos (FEBRABAN) que executou a medida. Dessa forma, tornou-se obrigatório que o boleto tenha o CPF ou CNPJ de quem paga.

Ou seja, atualmente o boleto não registrado é uma forma de pagamento não utilizada.

A FEBRABAN optou dar fim a essa modalidade com o objetivo de dar mais segurança para as pessoas, já que a quantidade de golpes e fraudes que envolviam boletos sem registro crescia bastante naquele tempo.

Ademais, também pretendia criar um padrão único para os títulos nacionais.

Os impactos da implantação

Naquela época, a medida não caiu muito no gosto das pessoas. Principalmente para as empresas que costumavam emitir grandes números de boletos, por conta do valor das taxas. Em algumas instituições, o custou duplicou.

Isso porque além do custo de emissão, também cobra-se valores de manutenção dos títulos. Contudo, um benefício notável é que o pagador pode pagar o boleto em qualquer instituição bancária.

Esse ponto era diferente com o boleto que não possuia registro. Ou seja, era necessário que o pagamento fosse feito somente na instituição em que o documento foi emitido.

Foi nesse momento que os novos bancos e as chamadas fintechs resolveram criar medidas para captar clientes. Então, muitas promoveram ofertas com base em diminuição de taxa ou, em certos casos, até a anulação desses valores.

Custos dos boletos registrados

Confira abaixo algumas tarifas que são cobradas na emissão de boletos com registro nas principais instituições bancárias:

  • Itaú: R$6
  • Santander: R$10
  • Caixa: R$5,9
  • Banco do Brasil: R$7
  • Bradesco: R$6,6

Em suma, o boleto não registrado não é mais uma opção. Apesar de oferecer vantagens de custos para os empresários, era uma opção menos segura. Com os registros feitos de forma correta, o boleto segue sendo uma das formas de pagamento mais usadas.

Agora você já sabe tudo sobre a emissão de boletos não registrados e os motivos que inviabilizaram essa modalidade de pagamento. Lembre-se, no caso de qualquer dúvida, entre em contato com a sua instituição financeira para evitar golpes.